O 2º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, que pode ser considerado o maior concurso de qualidade de café em todo o mundo, registrou um novo recorde mundial de preço
O 2º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, que pode ser considerado o maior concurso de qualidade de café em todo o mundo, registrou um novo recorde mundial de preço. A produtora Fernanda Silveira Maciel Raucci, da Fazenda Terra Preta, de Pedregulho, São Paulo, recebeu o lance de R$8.150,00 por saca de café para a aquisição do seu lote de 10 sacas com preparação Natural. É o maior valor atingido por leilões tanto no âmbito nacional como internacional. O lance foi dado pelo Consórcio Brasil, formado pelas empresas detentoras das marcas Café Pelé, Café Damasco, Café Santa Clara e Café Bom Dia.
O leilão aconteceu no último sábado, dia 19 de novembro, durante o 13º Encafé – Encontro das Industrias de Café, promovido pela ABIC e realizado no Hotel Blue Tree Park – Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Concorreram 16 produtores de quatro estados brasileiros – Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Bahia – selecionados entre mais de 2.500 participantes, enquanto 29 empresas e 3 sindicatos estaduais de indústrias se inscreveram para dar lances aos melhores cafés do Brasil.
O segundo colocado foi o produtor Cláudio Carneiro Pinto, da Fazenda Grota São Pedro, do município de Carmo de Minas, Minas Gerais. As dez sacas do cafeicultor mineiro foram arrematadas pelo Consórcio Qualidade Brasil, que ofereceu R$2.230,00 por saca. Integram esse consórcio as marcas Café Campeão, Café São Braz, Café Astória Real e Café Sobésa.
O leilão
Os dezesseis lotes concorrentes do concurso nacional da ABIC foram selecionados nos quatro estados brasileiros que realizaram concursos regionais de qualidade do café: Bahia, Minas Gerias, Paraná e São Paulo. Cada estado podia apresentar os quatro lotes vencedores nos certames estaduais. Dois lotes na categoria Café Cereja Descascado e dois lotes na categoria Café Natural.
Os lotes, compostos por 10 sacas de 60 kg cada, foram disputados por 32 empresas de várias regiões do país. O regulamento da ABIC permitiu a formação de consórcios para apresentar os lances. Foram formados cinco consórcios. Segundo as regras do concurso, as indústrias compradoras teriam que apresentar um lance mínimo superior em 30% ao preço da saca fixado na Bolsa de Mercadorias & Futuros do dia anterior, o equivalente a R$375,00 a saca.
Os vencedores nacionais
O lote que ganhou o primeiro lugar do 2º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café foi produzido pela Fazenda Terra Preta, pertencente a Fernanda Silveira Maciel Raucci. A produtora foi também a vencedora do concurso estadual de qualidade do café de São Paulo na categoria Café Natural.
A Fazenda Terra Preta é uma fração remanescente da antiga Fazenda Curral de Pedras, de propriedade de Plínio Vilela de Andrade. Situada no município de Pedregulho, a propriedade tem um total de 256 hectares, dos quais 43 hectares são dedicados ao cultivo do café, com predominância da variedade Mundo Novo. A lavoura ali é desenvolvida a uma altitude que varia de 800 a 1000 metros.
Na quarta geração de produtores, Fernanda mantém a tradição da família produzindo cafés com alta qualidade e empregando técnicas modernas de cultivo. Seu pai foi um dos primeiros a utilizar a irrigação e um entusiasta de novas tecnologias. Foi um dos pioneiros no uso de adubo formulado e no combate à ferrugem. A preocupação com a qualidade é uma característica antiga da família Vilela de Andrade, que já recebeu inclusive um prêmio internacional, em concurso realizado em São Francisco, Estados Unidos, há mais de 50 anos.
O segundo colocado, o produtor Cláudio Carneiro Pinto, da Fazenda Grota São Pedro, Carmo de Minas (MG), é um concorrente bastante conhecido. Ele já foi terceiro colocado da edição 2004 do Concurso Nacional ABIC e, no mesmo ano, também foi premiado no Concurso da BSCA – Cup of Excellence.
Concursos de Qualidade
O Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, já em sua segunda ed
